Publicado em: 10/06/2025
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se manifesta, principalmente, por alterações na interação, comunicação e por comportamentos repetitivos e interesses restritos. Sabemos, hoje, que o diagnóstico precoce é fundamental para que a criança tenha acesso a intervenções que favoreçam seu desenvolvimento e promovam maior qualidade de vida.
Como pediatra e mãe, e agora também como pós-graduanda em neuropediatria, tenho aprofundado meu olhar sobre os marcos do desenvolvimento infantil e os sinais sutis de autismo que podem aparecer ainda no primeiro ano de vida. No entanto, esses sinais, muitas vezes são minimizados pelo entorno com frases como “cada criança tem seu tempo”.
Dito isso, aqui estão alguns
sinais precoces de autismo:
• Contato visual reduzido a partir dos 2-6 meses de idade.
• Pouca responsividade social:
há pouca resposta ao ser chamado pelo nome por volta dos
6-9 meses), assim como reações
espontâneas (como sorrir socialmente) e dificuldade
em manter atenção compartilhada
(seguir o olhar ou apontar).
• Déficits na comunicação não
verbal, como balbuciar ou gesticular “como se estivesse falando com alguém”
(entre 9 e 12 meses), assim como menor uso de expressões faciais nas
interações.
Mas, atenção! Nenhum sinal
isolado fecha diagnóstico, mas o conjunto deles pode indicar a necessidade
de intervenção precoce multidisciplinar. Identificar sinais precoces não é
rotular, é dar à criança a chance de se desenvolver com o suporte adequado, o
quanto antes possível. Quanto mais cedo olharmos para o desenvolvimento
infantil com atenção, mais oportunidades teremos de promover inclusão,
autonomia e bem-estar.
Construindo caminhos mais
claros e saudáveis para cada criança trilhar o seu futuro com maior independência.
Dr. Ana Carolina Damha |
CRM-PR 38.832 | RQE 33343
Pediatra, Pós-graduada em Análise
do Comportamento Aplicada (ABA) e Pós-graduanda em Neurologia Infantil.
Campo Mourão-PR