Publicado em: 17/03/2025
A dor é uma das principais
causas de sofrimento humano e limitação funcional, afetando milhões de pessoas
no mundo. Classificada como aguda ou crônica, sua prevalência tem aumentado
significativamente, tornando-se um desafio de saúde pública global.
Estima-se que cerca de 20% da
população mundial sofra com dor crônica, segundo dados da Organização Mundial
da Saúde (OMS). Esse número pode chegar a 30% em alguns países, dependendo de
fatores socioeconômicos, acesso à saúde e envelhecimento populacional. No
Brasil, a prevalência é igualmente alarmante: estudos indicam que cerca de 30%
da população adulta sofre com algum tipo de dor crônica, sendo a lombalgia uma
das queixas mais frequentes.
A dor crônica pode estar
associada a diversas condições, incluindo doenças musculoesqueléticas (como
osteoartrite e fibromialgia), neuropatias, cefaleias crônicas e síndromes
pós-cirúrgicas. Além disso, há um impacto significativo na economia, devido a
afastamentos do trabalho, redução da produtividade e custos elevados. No
Brasil, as dores mais comuns incluem:
• Lombalgia: principal causa de afastamento do trabalho e uma das
mais prevalentes na população adulta.
• Cefaleias: enxaqueca e cefaleia tensional afetam milhões de
brasileiros.
• Fibromialgia: síndrome de dor generalizada com grande impacto na
qualidade de vida.
• Dor neuropática: relacionada a doenças como diabetes, lesões
nervosas e pós-herpética.
• Dor oncológica: presente em pacientes com câncer, muitas vezes necessitando de analgesia avançada.
O manejo da dor depende de sua
causa, intensidade e duração. A dor aguda, geralmente autolimitada, pode ser
tratada com medicamentos analgésicos comuns (como paracetamol e
anti-inflamatórios não esteroides), opioides em casos específicos, fisioterapia
e outras abordagens, como bloqueios anestésicos. Já a dor crônica exige uma
abordagem multimodal, que pode incluir:
• Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos,
anticonvulsivantes e opioides em casos selecionados;
• Fisioterapia e reabilitação: fortalecimento muscular e técnicas de
relaxamento;
• Psicoterapia e abordagens comportamentais: especialmente para dores associadas a
fatores emocionais, como ansiedade e depressão;
• Procedimentos intervencionistas: bloqueios anestésicos, infiltrações e
neuromodulação.
A ultrassonografia tem se
tornado uma ferramenta essencial para procedimentos minimamente invasivos no
tratamento da dor. Com ela, médicos podem realizar infiltrações de anestésicos
e corticosteroides com maior precisão e segurança, guiando a aplicação do
medicamento diretamente no local afetado. Entre
os principais benefícios do uso da ultrassonografia destacam-se:
• Maior precisão na
administração dos medicamentos, reduzindo riscos de complicações;
• Menor exposição à radiação,
quando comparado a outros métodos guiados por imagem;
• Procedimentos menos
invasivos, promovendo recuperação mais rápida para os pacientes.
O tratamento eficaz da dor
melhora não apenas os sintomas físicos, mas também a saúde mental e a qualidade
de vida dos pacientes, permitindo que eles retomem suas atividades e vivam de
forma mais plena.
Em crianças, a dor também é
uma preocupação crescente, especialmente dores musculoesqueléticas associadas a
crescimento, cefaleias, dores abdominais funcionais e condições inflamatórias,
como artrite idiopática juvenil. O tratamento pediátrico da dor requer
abordagem diferenciada, levando em consideração o desenvolvimento da criança e
métodos menos invasivos.
Você sabia que há um médico específico,
especialista em dor?
O especialista em dor atua em
diversas áreas da medicina. Seu trabalho envolve diagnóstico e tratamento de
dores complexas, buscando melhorar a qualidade de vida do paciente, pois a dor
crônica não afeta apenas o corpo, mas também a mente e o bem-estar social do
indivíduo. Pacientes com dores persistentes, frequentemente
apresentam:
• Comprometimento funcional,
com dificuldade para realizar atividades diárias;
• Impacto emocional, com
aumento da incidência de depressão e ansiedade;
• Redução da produtividade e
absenteísmo no trabalho;
• Isolamento social,
prejudicando relacionamentos e lazer.
A dor crônica é uma condição de alta prevalência e grande impacto social. O avanço em técnicas diagnósticas e terapêuticas, como o uso da ultrassonografia para infiltrações, tem revolucionado o tratamento da dor, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas. A atuação do médico especialista em dor é essencial para garantir abordagens individualizadas e eficazes, promovendo um cuidado mais humanizado e eficiente. Agende uma consulta, ficarei feliz em poder te ajudar.
Dr. Henrique Cesar M. Ventura |
CRM-PR 19308 | RQE 13082
Anestesiologista
Dra. Maria Fernanda Nunes | CRM-PR 35348 | RQE 25337
Anestesiologista