Publicado em: 12/09/2025

Com o passar dos anos, é comum notarmos lapsos de memória em pessoas do núcleo familiar. No entanto, existem sinais de alerta quando esses sinais deixam de ser "normais do envelhecimento" e passam a indicar algo mais sério, como um comprometimento cognitivo ou o início de doenças neurodegenerativas.

São considerados normais do envelhecimento, quando esses esquecimentos são leves e não afetam a rotina, ou seja, a pessoa ainda consegue viver com autonomia e se lembra facilmente de algo com o auxílio de pistas, como por exemplo, onde deixou os óculos ou as chaves, ou o nome de alguém próximo. Por outro lado, quando o déficit de memória começa a interferir nas atividades do dia a dia, acompanhado de outros sintomas, é hora de buscar avaliação médica. Veja alguns exemplos:

> Repetir a mesma pergunta várias vezes, sem se lembrar de que já fez ou mesmo trocar palavras por outras sem sentido;

> Não se lembrar de onde está ou se perder em locais conhecidos, ou mesmo não seguir instruções simples;

> Alterações de humor, personalidade ou comportamento sem motivo claro;

> Desconfiança sem fundamento (como acusar familiares de roubo).

 Esses sintomas podem indicar Comprometimento cognitivo leve (CCL) em estágio inicial, Demência em estágio inicial, moderado ou avançado, assim como pode representar quadros reversíveis, como falta de vitamina B12, hipotireoidismo ou depressão.



Vale dizer que, indivíduos que contraíram a infecção por COVID-19, especialmente os que já estavam em grupos de risco, busquem por ajuda especializada se os esquecimentos forem frequentes, pois há evidências científicas de que a infecção por COVID-19 pode acelerar esse processo de esquecimento ou piorar condições já existentes, como por exemplo o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e Demências em fase inicial, como Alzheimer.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, atualmente, mais de 1,7 milhão de brasileiros vivem com algum tipo de demência, sendo o Alzheimer responsável por cerca de 60% a 70% desses casos. Apesar do crescimento nos registros, a SBGG alerta que, mais de 75% dos casos ainda não são diagnosticados corretamente, nas fases iniciais. Muitos são atribuídos ao “esquecimento natural da idade”, o que retarda o tratamento e sobrecarrega os cuidadores.

O diagnóstico precoce é fundamental para garantir mais qualidade de vida ao paciente e à família, permitindo intervenções que retardam a progressão dos sintomas, favorecem a adoção de hábitos protetores (atividades cognitivas, sociais e físicas). Se necessário, o médico faz a prescrição correta de medicamentos, além de orientar a família a respeito da necessidade de estímulos intelectuais e ajustes na rotina.

Se você notar, em um familiar seu, mudanças significativas relacionadas à perda de memória, dificuldade para realizar atividades diárias, quedas frequentes, ou se estiver gerenciando várias condições de saúde e medicamentos, procure um geriatra para uma avaliação ampla e completa. Exames simples como testes cognitivos e de sangue podem esclarecer o quadro e garantir um tratamento mais eficaz.


Campo Mourão-PR

Dra. Andréia de Araújo Romão

Médica Clínica Geral | CRM-PR 36.235

Pós-graduada em Geriatria pelo Hospital

Sírio Libanês - NÃO ESPECIALISTA.

 

 

Atendimento Online

Estamos disponíveis no Whatsapp para melhor atendê-los.
Selecione um dos canais abaixo e converse com um de nossos atendentes!

Whatsapp

Cascavel
5544999146747

Whatsapp

Campo Mourão
5544998778275

Whatsapp

Umuarama
5544999146747
Atendimento: seg à sex 08h00 às 18h00
Olá, tudo bem? como posso ajudar?
×