Publicado em: 04/12/2025
O Mounjaro (tirzepatida), antes usado para diabetes, tornou-se um atalho popular para emagrecer. Embora prometa perda de peso acelerada e menor fome, cresce a preocupação científica com seus efeitos silenciosos no corpo, especialmente quando usado sem acompanhamento médico. O principal problema é que, nem todo peso perdido é gordura. Vejamos o exemplo, abaixo, do resultado de uma avaliação por bioimpedância, realizada com acompanhamento médico especializado, evidenciando aumento significativo de massa magra, redução expressiva de gordura visceral, diminuição do risco vascular e queda consistente da gordura corporal:

Sem orientação adequada, o corpo tende a eliminar massa magra, desorganizar o metabolismo e prejudicar funções mitocondriais, hormonais, intestinais, ósseas e energéticas. Isso leva a um corpo mais fraco, cansado e metabolicamente lento. A gordura visceral, a mais perigosa, muitas vezes permanece, enquanto a perda rápida de gordura subcutânea cria uma falsa impressão de progresso. Além disso, surgem deficiências de micronutrientes devido à baixa ingestão: pior absorção e maior gasto celular. O paciente vê o peso cair, mas internamente se torna mais inflamado e instável.
Ao interromper o medicamento, o organismo enfraquecido reage com fome intensa, retorno rápido da gordura visceral e reganho de peso. Esse ciclo, o “weight cycling”, é mais danoso, do que nunca ter emagrecido, pois aumenta a inflamação, o cortisol, a resistência à insulina, a gordura visceral e a perda muscular, deixando o metabolismo cada vez pior. Quando isso ocorre, após o uso inadequado do Mounjaro, o impacto é ainda maior.
• Ajustar doses conforme a fase;
• Preservar massa magra;
• Proteger o metabolismo;
• Prevenir deficiências nutricionais;
• Cuidar da microbiota;
• Monitorar energia, humor e sono;
• Planejar a retirada com segurança;
• Sustentar os resultados com saúde.
Sem isso, o emagrecimento é rápido, porém instável. Com acompanhamento médico, torna-se seguro e duradouro. Nesse contexto, o protagonista é você! O Mounjaro não deveria ocupar o papel principal. Quem deve estar no centro é o paciente, sua saúde, seu metabolismo e sua energia vital.
Emagrecer não é correr/acelerar, emagrecer é construir. Construir saúde, força, equilíbrio e autonomia, esse é o verdadeiro caminho. Cuidar é um ato de ciência e de empatia!
Dr. Conrado Tepedino Giusti | CRM-PR 56146 | RQE 35660
Clínica Médica, Especialista em Nutrologia, Endocrinologia, Reprogramação epigenética e Modulação Intestinal.